Tudo o que brilha: as coleções de alta joalheria primavera/verão

Chanel: A Chanel se inspirou num dos símbolos mais duradouros da grife para criar a coleção de joias 2013: a camélia, apreciada por Gabrielle Chanel por sua simetria perfeita e falta de aroma.

A linha "Jardim das Camélias", com 99 peças, é a primeira da grife dedicada somente à flor ‒ e inclui criações em diamante e variações em preto e branco, além de pedras coloridas como opalas, safiras multicoloridas, rubelitas, granadas e turmalinas. "O objetivo era dar cor a esse mundo floral", diz Benjamin Comar, diretor internacional do setor de Joias Finas da Chanel. "Era importante retrabalhar a camélia, que é um símbolo tão forte para nós, mas fazê-lo de maneira diferente de tudo que já foi feito."

O grande destaque é o colar Camelia Exquis, com diamantes meticulosamente trabalhados. Impressionantes também são os anéis, que ganharam volume e diâmetro desde que a casa lançou o anel camélia de diamantes, em 1993. Em alguns, a novidade foram as pétalas, incrustadas de diamantes e em 3D; já o Camelia Solaire tem delicado relevo em ouro amarelo.

Louis Vuitton: A Louis Vuitton foi buscar na elegância vitoriana inspiração para o Dentelle d'Hiver, a novidade mais recente da coleção Voyage dans le Temps, criada por Lorenz Baumer. A linha delicada celebra a beleza atemporal dos diamantes, com formas clássicas que remontam à Belle Époque.

"Essas peças foram criadas para serem reconhecidas instantaneamente e se tornarem um marco", explica Hamdi Chatti, vice-presidente de joias finas e relojoaria da Louis Vuitton. A estrela da coleção é um colar com 953 diamantes dispostos numa trama finíssima de metal para dar a impressão de que algumas pedras estão flutuando. Evolução do colar Peter Pan da temporada passada, ele vem com um pingente destacável em forma de flor, de 2,58 quilates.

Brincos pingente, anéis trabalhados e pulseiras completam a coleção de dez peças. Chatti observou: "Queremos que a joia se torne uma segunda pele, como a nossa coleção prêt-à-porter".

Boucheron: A Boucheron está comemorando o Ano Novo chinês com uma coleção inspirada na serpente, mascote da casa desde que seu fundador, Frederic Boucheron, deu à mulher um colar na forma do réptil como prova de amor e proteção.

A linha Serpent Bohème consiste em pouco mais de vinte peças, incluindo anéis, pulseiras, pingentes, colares, brincos e relógios em ouro branco e amarelo.

Os anéis foram inspirados na primeira coleção Serpent, lançada pelo joalheiro da Place Vendôme em 1968. Encimados por uma cabeça em forma de gota, eles são cobertos de diamantes e cercados por contas de ouro. Além da versão original em tamanho médio, os anéis podem ser pequenos – com duas cabeças, para serem usadas juntas ou separadas – e grandes, com uma única cabeça.

Em relação aos colares, a Boucheron diminuiu a corrente torcida que é sua marca registrada. Todas as peças têm um pingente em forma de gota preso por alfinete de segurança que, quando retirado, permite que o enfeite seja usado como broche.

Wilfredo Rosado: Com sua terceira coleção, exibida pela primeira vez durante a Semana de Alta Costura de Paris, Wilfredo Rosado continua com a missão de instilar humor nas joias finas. Essa coleção se baseia em dois looks bem diferentes: um com flores de couro feitas pela Maison Lemarie – a mesma que produz as famosas camélias da Chanel – cercadas e enfeitadas por diamantes. A pedra no centro de cada flor pode ser removida e substituída por pétalas de cores diferentes – branco, amarelo, preto ou outro tom qualquer feito sob encomenda. Há também um colar, uma faixa de cabeça em estilo tiara, brincos, broche e um anel grande, todos no mesmo motivo floral.

A segunda série, angular e imponente, usa esmeraldas e diamantes numa trama de ródio preto e ouro.